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Você já foi surpreendido por alguma despesa inesperada? O orçamento apertou e você ficou sem saber como pagar as contas do mês? Esse tipo de situação, além de abalar o psicológico, pode gerar uma reação em cadeia e comprometer a sua vida financeira. Ao deixar de pagar as contas no dia do vencimento, provavelmente você terá que arcar com juros, e aí já viu né? Vira uma bola de neve! E é para evitar todo esse “caos” que muitos educadores financeiros recomendam a famosa “reserva de emergência”.

Quando o assunto é saúde financeira, podemos dizer que a população brasileira está em estado de alerta. Segundo informações da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), mais de 77% das famílias estão endividadas, ou seja, possuem contas pendentes, mas não necessariamente estão com os pagamentos atrasados. Entretanto, cerca de 28% da população está inadimplente, ou seja, não conseguem gerenciar as dívidas e estão com contas atrasadas e por consequência com o nome sujo no mercado.

Nós sabemos que manter as contas em dia não é fácil, principalmente porque os preços de bens e produtos podem variar mensalmente de acordo com a inflação, enquanto os salários são reajustados apenas uma vez por ano. É por esse motivo que você deve sempre manter uma segurança financeira, para não ser surpreendido com as elevações de preços e evitar o endividamento.

Nesse artigo você vai conferir o que é a reserva de emergência, qual o valor ideal para manter guardado, como organizar o seu orçamento, economizar e começar a guardar dinheiro e em quais situações deve usar esse valor.

Reserva de emergência

O que é a reserva de emergência?

Trata-se de um valor acumulado para garantir a sua segurança financeira e manter o pagamento das suas contas no caso de queda, ou até mesmo perda da renda mensal. Também é conhecida como “colchão de segurança” ou “reserva de oportunidade” e é um passo antes de você atingir o tão almejado patamar de investidor.

Qual o valor ideal da reserva de emergência?

De acordo com a Personal Banker e Educadora Financeira Ana Oliveira, o valor ideal da reserva financeira vai depender da origem da sua renda. Se você é um trabalhador com carteira assinada, ou seja, possui segurança trabalhista e está protegido pelas leis da CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas), a sua reserva deve ser entre três e seis vezes o seu padrão de vida mensal. No entanto, se você trabalha como autônomo, o valor indicado é de 12 vezes o seu custo de vida. 

“O padrão de vida ou custo de vida representa a soma de todos os seus gastos mensais: moradia, alimentação, transporte, educação, cartão de crédito. Tudo o que você gasta dinheiro dentro do mês corresponde ao seu padrão de vida que, obviamente, não deve ser maior do que o seu salário”, explica a Educadora Financeira.

No caso de um trabalhador CLT que recebe R$ 4 mil mensais,  por exemplo, o valor indicado para a reserva financeira é de R$ 24 mil. Mas, para um autônomo com a mesma renda, o valor da reserva deve ser de R$ 48 mil.

Como começar a guardar dinheiro?

Os valores acima podem assustar, nós sabemos, mas está tudo bem se você ainda não tem uma reserva financeira. A seguir, separamos dicas da Personal Banker Ana Oliveira para você começar a guardar dinheiro e conseguir construir a sua reserva de emergência:

1°- Guarde 20% da sua renda: você deve separar, pelo menos, 20% da sua renda líquida para a reserva de emergência e demais investimentos. O ideal é que você separe 10% exclusivamente para a reserva e distribua os 10% restantes em outros investimentos. 

2°- Crie uma conta investimento: você deve criar uma conta alternativa para depositar a sua reserva de emergência. Atualmente há diversas opções de bancos que oferecem inúmeras ferramentas sem custo adicional.

3°- Automatize os seus investimentos: não espere sobrar dinheiro para guardar! Você pode definir uma data, como o dia em que recebe o seu salário, por exemplo, para fazer um depósito automático na sua conta de investimento. Dessa forma você tem a certeza de que vai mesmo guardar dinheiro.

4°-  Invista a reserva de emergência: o dinheiro acumulado da reserva de emergência pode e deve ser aplicado em investimentos. Mas, cuidado, você deve escolher um fundo com liquidez diária, ou seja, que seja possível sacar o dinheiro a qualquer momento, sem custo para isso. Os CDBs (Certificados de Depósito Bancário) são os mais indicados para deixar a reserva, pois tem o rendimento muito próximo à Taxa Selic.

Como economizar nas contas

Agora você deve estar se perguntando “como vou economizar 20% da renda para investir?”. A Educadora Financeira Ana Oliveira afirma que a mudança de alguns hábitos em relação ao orçamento doméstico pode reduzir em até 30% os gastos mensais. Veja abaixo que tipo de mudanças no dia a dia podem gerar economia:

  • Evitar desperdício de alimentos;
  • Fazer listas antes de ir ao supermercado, e conferir o estoque do que já temos em casa;
  • Considere comprar em atacadões aquilo que não é perecível e assim economize no valor unitário dos itens;
  • Lave roupas em maiores quantidades e menos vezes;
  • Acompanhe o valor cobrado do seu condomínio e observe o consumo de gás e água de forma isolada;
  • Cancele mensalidades dos serviços que você não consome;
  • Apagar as luzes nos ambientes que não estão sendo utilizados;
  • Priorizar eletrodomésticos mais econômicos, que não consomem tanta energia;
  • Evitar banhos demorados;
  • Ao adquirir artigos para a sua casa, pesquise itens usados e venda os que você não usa mais;
  • Refazer as rotas da família para otimizar o consumo de combustível;
  • Antecipar-se na programação das férias em família para garantir melhores preços.

Em quais situações pode usar a reserva de emergência?

Muitas pessoas pensam que a reserva de emergência não deve ser usada para nada, ou deve permanecer intocável. Na verdade, como o próprio nome diz, esse fundo de recursos deve ser acionado em casos de urgência. A seguir, vamos listar alguns casos em que você pode ficar com a consciência tranquila para usar o dinheiro que está guardado:

  • Demissão: ninguém quer que aconteça, mas, infelizmente, todos os trabalhadores que não são autônomos podem ser demitidos. Essa é uma das situações em que a reserva de emergência deve ser acionada, afinal, nem sempre é fácil se recolocar no mercado de trabalho e as contas continuam chegando;
  • Problemas de saúde: nós nunca sabemos o que pode acontecer com a saúde física e mental, por isso, é importante sempre ter um recurso sobrando em caso de necessidade de comprar medicamentos de alto custo ou precisar pagar por um tratamento que não seja coberto pelo plano de saúde ou pelo sistema público;
  • Evitar endividamentos: com a reserva de emergência você vai estar preparado para arcar com eventuais aumentos em suas despesas, sem precisar fazer empréstimos ou solicitar linhas de crédito com juros altos. Dessa forma, você reduz a chance de endividamento.

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