Skip to main content

Na quarta-feira, 23 de junho, a Franq hospedou no seu canal do Youtube uma live que tratou das oportunidades de emprego e renda dos bancários na era do Open Banking. A transmissão teve a participação de Bruno Diniz, especialista em Open Banking e Manager Partner na Spiralem, e Paulo Silva, CEO da Franq.

O debate, mediado pela jornalista e editora-chefe do portal Fintechs Brasil, Lea de Luca, abordou como o movimento de Open Finance impacta a profissão dos bancários.

Separamos algumas perguntas e falas dos participantes que retratam o que podemos esperar das mudanças que estão por vir, confira:

Léa: Como você vê o papel dos bancários na sociedade atual?!

Paulo: Apenas quem vive a transformação consegue entender a magnitude de tudo isso. E essa reinvenção precisa acontecer para todos os agentes econômicos do ecossistema. O que tem ficado claro é que o bancário tem valor e continuará tendo valor, por isso este é o movimento natural do bancário autônomo na arquitetura aberta.

Léa: Para você, qual a relação entre Open Banking e Bancários Autônomos?! Como eles se cruzam, como eles convivem?!

Bruno:Open Banking vai trazer grandes benefícios, como maior competição do mercado, uma potencial redução de taxas, novas experiências financeiras e mais personalizadas para os clientes. Vai haver uma descentralização dessa experiência e haverá novas oportunidades de negócio. Antes das Fintechs, teve a digitalização de canais dos agentes econômicos. Mas em 2000, um executivo americano optou por não investir muito nos canais digitais pois na visão dele as pessoas não querem se relacionar apenas com máquinas. Contudo, as pessoas também não querem um relacionamento apenas com as agências, elas querem se relacionar com pessoas, ainda mais em negociações complexas. As pessoas apreciam o conhecimento guiado, elas querem ter alguém para falar no momento de insegurança.

Léa: Qual é a melhor maneira de entender as etapas do Open Banking no Brasil?!

Bruno: Com o Open Banking vai haver uma facilidade para o cliente consentir que o histórico de informações financeiras vá de uma instituição para outra. A primeira fase dessa mudança ocorreu em fevereiro, onde os grandes bancos abriram as APIs dos seus produtos. A segunda fase será a partir de 15 de julho e diz respeito ao consumidor ser ouvido no processo. O consumidor poderá portabilizar as informações básicas e transacionais, de até dois anos, entre diferentes instituições. Até o final de agosto, começará a fase de pagamentos. Algumas instituições terão uma nova licença de pagamentos, um iniciador de pagamentos, como vimos com o WhatsApp. E a quarta fase será em meados de dezembro, onde terá uma expansão de produtos, o Open Finance, que envolverá o mercado financeiro como um todo, seguros, câmbios e investimentos. O cliente poderá trafegar os dados entre esses diferentes tipos de agentes econômicos.

Léa: O futuro do bancário é tornar-se uma espécie de educador financeiro?!

Bruno: Esse é um trabalho que já deveria acontecer, mas o que vai acontecer é uma possibilidade de maior armamento e estrutura para o bancário autônomo. Ele deve ser um farejador de notícias que cuida da carteira. Pois, o grande gap que encontramos é a educação. As pessoas têm receios sobre as suas operações financeiras, elas querem uma indicação, uma orientação. Uma boa parte das transações financeiras são automatizadas, mas o contato humano ainda é imprescindível.

Léa: Você acha que esse mundo cada vez mais digital é um facilitador ou complicador para o bancário autônomo?!

Bruno: Antes de ele ser um facilitador ou complicador, ele é uma realidade e precisamos encará-la de qualquer forma. Mas ele é um facilitador, pois começamos a fatiar o mercado financeiro que antes era muito verticalizado. Era tudo muito contido em si mesmo, dentro de bancos. O bancário deve se munir do seu ativo que é o relacionamento. E quando ele sair do banco ele não entrega mais a identidade junto com o crachá. Agora o bancário tem ferramentas para continuar girando a própria carteira, sem precisar de um banco.

Léa: Como você compararia o que está sendo feito no Brasil e em outros países mais perto de nós?! O nível de maturidade, programação das etapas?!

Bruno: O Brasil é o país que está mais à frente nesse assunto. O Reino Unido está transformando o Open Banking em Open Finance, mas o Brasil já nasce Open Finance. Ou seja, abarcando produtos de seguros e investimentos, por exemplo. O México estava bem avançado, mas a troca de governo e a pandemia fizeram o país “segurar” o processo. Países como Chile e Colômbia estão em conversas muito iniciais e o Brasil pode se tornar uma referência para esses países, como para países emergentes e da América Latina.

Paulo: Gostaria de ressaltar, que a tecnologia bancária desenvolvida no Brasil é uma das mais desenvolvida, temos uma robustez muito grande aqui. Nós já sabemos o caminho das pedras, mas somado a isso, deixamos para trás barreiras de entrada muito grandes. O Open Banking é um cadastro positivo 2.0.

Este é um momento importante também para a Franq, pois há diferentes players que querem se tornar parceiros dentro da plataforma. Se você também quer fazer parte dessa mudança do mercado financeiro, torne-se um Personal Banker* e tenha agora mesmo a sua loja digital com diversos produtos financeiros!

E nas palavras finais de Bruno: “agentes econômicos têm um papel fundamental no ecossistema de inovação; comunicar o que tem de possibilidade pela frente”. Para saber tudo o que esses grandes nomes falaram, clique aqui e assista a live por inteiro!

Faça parte do Open Banking, seja um Personal Banker.

*Para se tornar um Personal Banker, você precisa ter pelo menos 5 anos de experiência de banco de varejo ou cooperativa de crédito.