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A Quona Capital, a venture capital investidora da Franq, publicou recentemente um post sobre a Franq, com entrevista com o nosso CEO Paulo Silva. Além da Quona, a rodada de US$12 milhões inclui a Globo Ventures, Valor Capital, Broadhaven Capital, FJLabs e Caravela.

O texto, publicado originalmente em inglês, pontuou a democratização do acesso de soluções do mercado financeiro por meio de bancários independentes. Veja em destaque a tradução dos principais trechos:

A matéria inicia contando quando Paulo Silva, após anos atuando como executivo bancário em grandes instituições como Citibank, HSBC e Santander, mudou-se para Florianópolis, um dos maiores polos de inovação do Brasil, para explorar novas ideias. “Ao mesmo tempo em que eu amava o que fazia, eu pensava que, como minhas filhas já estavam criadas, podia deixar a vida corporativa, me mudar para um lugar perto da praia e pensar no que fazer”, disse. 

O CEO da Franq relembra também o gatilho que o fez pensar na ideia da Franq: “Era 2017, os bancos estavam fechando agências e milhares de profissionais estavam ficando desempregados, deixando clientes e empresas sem acesso a produtos e serviços financeiros. Muitos profissionais me conheciam e vieram me pedir orientação sobre o que fazer, qual era o caminho da invovação”.

Antes de criar a Franq, Paulo fazia indicações entre a sua rede e até contratou um profissional de Transição de Carreira que auxiliava os bancários a ajustarem seus currículos, criar perfis no Linkedin e prepará-los para futuras entrevistas. De um lado, a quantidade de bancários perdendo empregos, do outro, consumidores sem orientação na hora de escolher produtos e serviços. 

O obstáculo da distribuição

O texto conta como o projeto inicial da Franq surgiu e como a vinda a Florianópolis impactou nesse processo.“Aqui já existia um ecossistema de startups e fintechs bem estruturado, com uma variedade de produtos e serviços prontos para estarem no mercado. Mas havia um obstáculo: o de distribuição.”

O cenário no Brasil era o seguinte: bancários estavam perdendo seus empregos e procurando novas oportunidades em lugares onde o seu conhecimento era valorizado, no mesmo período em que o sistema bancário brasileiro estava passando por uma imensa transformação digital, permitindo a criação de diversas soluções. “Com o crescimento das fintechs e a estruturação do Open Banking começaram a surgir mais ofertas de produtos no mercado, mas que ainda não estavam conectadas com os clientes e empresas. Criar produto financeiro é uma coisa, mas fazê-lo chegar ao alcance das pessoas, é outra totalmente diferente”, afirmou.

Como um experiente executivo de banco, Paulo descreveu que sempre soube que o principal obstáculo na distribuição de novos produtos, não era o Marketing, mas a falta de parceria.“Todos falavam sobre distribuição digital, quando na realidade, as fintechs estavam procurando parceiros de venda. Os bons produtos estão por aí, à procura dos consumidores, mas alinhar os caminhos entre clientes e produtos que são oferecidos por fornecedores diferentes era um desafio”, pontuou. Segundo ele, as pessoas gostam de alguém de confiança para ajudar nas decisões em meio a um mar de ofertas. 

A ideia da Franq em execução

Com uma ideia na cabeça, Paulo conta que chamou algumas pessoas com quem já tinha trabalhado para ajudar a colocar o projeto Franq em execução: Daniel Ferretti, profissional experiente na transformação digital de grandes players como Santander e Sicredi e Gustavo Hartmann, que após uma extensa carreira no Reino Unido, estava retornando a Florianópolis para montar a sua própria empresa de tecnologia.

Após um ano de concepção, desenvolvimento e ajuste da ideia inicial, o que inclui centenas de post-its colados na parede da casa do Paulo, ele relembra que enfim lançaram a Franq — uma plataforma com o objetivo de conectar bancários autônomos e consultores financeiros com parceiros, entre outras fintechs, bancos e demais instituições financeiras, como por exemplo, seguradoras. 

A Franq pode ser explicada como uma plataforma que oferece diversos produtos de crédito, empréstimos, seguros e investimentos de vários parceiros, para que os seus agentes, chamados “Personal Bankers“, possam indicar a sua rede de contatos. Em contrapartida, os clientes ganharam poder de escolha de produtos e serviços via plataforma da Franq, com a orientação desses profissionais experientes. E o resultado final desta troca é: conveniência, economia, e produtos mais alinhados com as necessidades dos consumidores, que não pagam nada para usar a tecnologia.

Poder de escolha 

A Franq atualmente é uma one-stop shop de soluções financeiras, com milhares de Personal Bankers conectados à plataforma, que oferta mais de 150 tipos de produtos e serviços e é responsável pela originação de mais de US$ 6 bilhões em crédito. “Nós demos ao consumidor a coisa mais poderosa que existe: poder de escolha. Mas, por outro lado, como você usa esse poder se não sabe como escolher?”, refletiu Paulo.

Antes, soluções personalizadas eram privilégio de clientes de alta renda, mas com a Franq, isso foi democratizado para mais consumidores e, principalmente, para pequenas e médias empresas. No passado, 70% das PMEs (Pequenas e Médias Empresas) podiam contar com o apoio de apenas cinco grandes instituições bancárias e essa escassez levou muitos brasileiros a procurar outros caminhos na busca de crédito. Atualmente na Franq, mais de 40% dos Personal Bankers são focados no segmento de PMEs.

“Quando você precisa de um financiamento imobiliário, você procura um profissional específico para te ajudar. Já quando você precisa de um empréstimo para o seu negócio, você busca orientação também. Com a Franq, nós mantemos essa relação do Personal Banker cuidar do seu cliente e oferecemos uma equipe especializada nos produtos para apoiar no que for preciso”, afirmou.

Ajudando bancários independentes a encontrar o seu valor

A reportagem mostra que os bancários independentes ao deixarem suas carreiras no banco, tinham pouca ou nenhuma experiência em atuar de forma autônoma e que a Franq também investe e apoia nesta transição como empreendedores. “A maioria dos Personal Bankers nunca teve um negócio próprio, sempre atuou como funcionário de grandes instituições. Conectamos eles com os produtos e também os colocamos como a principal parte da solução que oferecemos. E eu sempre digo: não precisam divulgar a Franq, façam a propaganda de vocês mesmos”, argumentou o CEO.

A Franq também ajuda os profissionais a entenderem o valor do seu conhecimento e os orienta a servirem de consultores independentes, especialistas no assunto, além de oferecer tecnologia, apoio, suporte técnico, treinamento e demais conteúdos, como as lives diárias sobre produtos e novidades do mercado financeiro.

Criando um novo segmento

A Quona endossa que a Franq (nomeada no post como “a primeira e maior rede de bancários independentes do Brasil”) criou um novo segmento no setor bancário, ofereceu soluções financeiras para mais de 120 mil clientes Pessoa Física, 35 mil empresas e pretende dobrar de tamanho até 2023.

Por fim, afirma que o próximo passo é expandir e melhorar a tecnologia para dar um melhor suporte aos Personal Bankers.