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O termo “fazer acontecer” não é de minha autoria, ele é o título de um famoso livro de publicidade do renomado Julio Ribeiro, fundador da Agencia Talent.

Eu me sinto um pouco a vontade de plagiar o termo porque o Julio, que infelizmente faleceu há pouco mais de 2 anos, é meu tio e com quem eu pude aprender “um muito” sobre empreendedorismo, publicidade e negócios.

No livro, que tem mais de 20 anos, Julio narra sua jornada empreendendo no mundo da publicidade com detalhes de um grande planejador e a leve narrativa de um contador de histórias.

Convivendo com ele pude, através da sua ótica peculiar, compreender a importancia da ação sobre a ideia. Vindo de alguém que já liderou o maior conglomerado publicitário do país nos anos 1990, basicamente vendendo ideias e produzindo comerciais memoráveis como “Não é uma Brastemp” sempre rodeado de criativos defendendo as “Big Ideas”, sua determinação em defender a execução chamou a minha atenção.

“Ninguém vive de ideias. Nem na publicidade alguém consegue ir longe com ideias. Se um grande criativo não conseguir colocar as ideias no papel e fazer elas funcionarem, de nada me adianta empregar sonhadores…”

Segundo ele, toda mesa de bar estava repleta de marqueteiros e técnicos de futebol geniais… a diferença de quem prosperava eram aqueles que conseguiam colocar os “pitacos” em prática.

Quando me deparei com a oportunidade de empreender, sendo que a Franq não foi a primeira delas, eu relutava em aceitar que “execution is king”. Sempre queria bolar uma grande ideia, surpreender, atacar um mercado inexplorado. Só me convenci quando, lendo praticamente todas as biografias de grandes empreendedores, percebi que não existia o efeito “eureka”. Era suor, era visão de um futuro sob um ponto de partida. Era um trabalho de transformação e não de criação.

Este foco na execução foi (e tem sido) o DNA da Franq Openbank em construir um ecossistema de arquitetura aberta, multi-marcas e multi-produtos no mercado financeiro. Mais do que inspiração foi necessário transpiração e o orquestramento de inumeras frentes para compor um produto que permitisse que bancários pudessem seguir trabalhando no mercado financeiro empreendendo em vez de batendo o cartão em uma agencia de banco.

A ideia esta longe de ser genial, e por isso tanta gente se encanta com ela. Pois ela é simples, funcional e não pega carona em nenhum vetor de transformação para existir. A Franq, em pleno ápice da transformação digital, ainda acredita na importância das pessoas em descomplicar o arcabouço que é o mercado financeiro para seus clientes, por exemplo.

Acreditamos que não é necessário esperar pela chegada do Open Banking para começar a operar de forma integrada com nossos parceiros, e eles também não. Hoje já integramos 25 fintechs e bancos via APIs e Analytics para facilitar a vida de nossos clientes.

Nós não esperamos a padronização dos conectores, as portarias de órgãos reguladores e a chegada da LGPD para tratar e cuidar da privacidade dos nossos clientes, nós já nascemos assim, pois esta é a única maneira de executar uma operação abrangente como a da Franq, de forma “asset light”.

Para nós isso é o espirito do “fazedor”: se antecipar às mudanças de mercado não porque elas estão chegando, mas porque existe uma demanda clara para que as coisas mudem: liberdade de escolha, clareza na remuneração e incentivos das redes comerciais, menor conflitos de interesse e o poder da curadoria na hora de ajudar os clientes a escolherem melhor.

Para nós o Open Banking é muito maior que uma mudança regulatória, e acontece muito além da tecnologia. Ela está nas pessoas. Pessoas que acreditam que ao construirmos um ecossistema mais aberto todo mundo pode ganhar: os clientes com mais poder de escolha, os bancários que passam a empreender e reutilizam sua ampla experiência de mercado, e até mesmo as fintechs e bancos que encontram novas formas de agregar valor aos seus clientes através da concorrência saudável.

Esse para nós é o lema da Franq. Nós fazemos o Open Banking e gostariamos muito de convidar todo mundo ver o mercado financeiro desta forma: mais aberto, mais independente e aproveitando melhor o valor das pessoas junto com as tecnologias digitais. Vamos fazer acontecer? #NosFazemosOpenBanking #GoFranq!

Artigo originalmente publicado no perfil do Daniel Ferretti no LinkedIn, em 4 de agosto de 2020.