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Nos últimos dois anos, muito se falou no Open Banking brasileiro. A transformação para um sistema bancário aberto é, definitivamente, um passo adiante no trato com dados dos usuários, aumentando o grau de personalização das estratégias.

Porém, a maioria da população ainda não sabe o que é Open Banking e o impacto que esta proposta do Banco Central vai gerar em suas vidas.

Neste post, vamos entender melhor o que é o Open Banking e como ele funciona.

O que é o Open Banking?

Open Banking é uma proposta de sistema bancário aberto, onde bancos e fintechs compartilham os dados de seus usuários de forma padronizada, por meio de regras e tecnologias, resultando em melhores ofertas de serviços e produtos financeiros para seus usuários.

Com a informação em mãos, os bancos e fintechs participantes do Open Banking partem de um mesmo ponto na construção de suas ofertas de produtos e serviços. Espera-se que este movimento crie um ambiente centrado no usuário, que é peça-chave dessa transformação.

Toda a troca de informação no Open Banking passa pelo consentimento do usuário: com a chegada da Lei Geral de Proteção de Dados, ele passou a ser o dono de seus dados pessoais e pode decidir sobre transportá-los entre diferentes Instituições Financeiras.

Essa transmissão de dados, por sua vez, ocorre por meio de interfaces digitais denominadas “APIs”, do inglês Application Programming Interface ou Interface de Programação de Aplicação. As APIs conectam os sistemas utilizados pelos bancos e fintechs e padronizam as informações, permitindo o seu compartilhamento.

Quais são as vantagens do Open Banking?

De modo geral, o Open Banking visa tornar o usuário mais consciente sobre a propriedade e uso dos seus dados, além de trazer outros benefícios diretos e indiretos.

Para o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, a chegada do Open Banking e suas consequências se comparam com a chegada da internet.

O Open Banking está para o sistema financeiro assim como a internet está para a transformação da sociedade”, afirmou, em live oficial do Banco Central.

Basicamente, as vantagens do Open Banking são:

  • Autonomia para decidir sobre o compartilhamento de seus dados financeiros;
  • Ofertas e linhas de crédito otimizadas para o seu perfil;
  • Possibilidade de montar o “seu” banco a partir de ofertas que lhe interessam mais;
  • Mais tecnologia e velocidade nos processos relacionados à informação;
  • Surgimento de novos produtos, empresas e modelos de negócio;
  • Aumento da concorrência e consequente melhora nos serviços prestados pelas instituições financeiras.

Open Banking: como funciona

Neste ponto, já é possível visualizar um esboço de como funciona o Open Banking. Vamos ver a aplicação em um exemplo prático:

Hoje, você é correntista do Banco A e ao longo de sua vida movimentou o seu dinheiro nessa instituição. Em determinado momento, você decide financiar uma casa própria, um sonho comum de muitos brasileiros.

Neste caso, o Banco A detém todas as informações da sua vida financeira: renda, movimentação de conta, histórico de bom pagador, entre outros fatores. Com essas informações em mãos, o Banco A vai ofertar a você uma linha de crédito e, talvez, ela não atenda os seus objetivos.

Assim, você busca pelo Banco B, cujas taxas são melhores para o financiamento que você deseja. Porém, o Banco B, até o momento, não detinha o seu histórico de vida financeira.

Com o Open Banking, você pode autorizar que o Banco A compartilhe os seus dados financeiros com o Banco B. Dessa forma, a oferta do Banco B pode se igualar ou até mesmo superar a do Banco A, visto que ambos partiram da mesma base de informações.

É assim que funciona o Open Banking!

O Open Banking é seguro?

É comum nos questionarmos se o Open Banking é seguro, diante de tantas novidades. Mas fique tranquilo(a): toda a proposição do Open Banking, seu desenvolvimento e direcionamento são norteados pelo Banco Central, a principal autoridade monetária do país.

Além disso, o Open Banking está sujeito às normas da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais, bem como todas as instituições participantes do Open Banking no Brasil estão sujeitas às regras impostas pelo Banco Central, que acarretam em punições se forem descumpridas.

Ainda, toda a troca de dados dentro do ecossistema do Open Banking está sob o olhar da Lei Complementar n° 105/2001, do Sigilo Bancário, que proíbe o compartilhamento de dados para instituições não participantes do Open Banking, bem como proíbe a venda de informações de consumidores para terceiros.

Portanto, é possível afirmar com tranquilidade que o ecossistema do Open Banking é seguro.

Compartilhamento de dados: questão central do Open Banking

Uma das principais questões do Open Banking, ou sistema bancário aberto, é o consentimento do usuário para o compartilhamento dos dados. Isto é, sua permissão e intenção de levar seu histórico financeiro para diferentes bancos e empresas.

Entre as etapas determinadas pelo Banco Central estão a busca do consentimento dos usuários – já em andamento –, a autenticação e confirmação da permissão, por meio exclusivamente eletrônico.

Os dados poderão ser usados pela instituição em que a pessoa solicita uma operação financeira num prazo de até 12 meses ou, caso o usuário exija, a exclusão deles da base de dados pelo mesmo canal em que estabeleceu contato anterior. As instituições devem comunicar, de forma objetiva, de que forma as informações serão usadas e ter a anuência expressa pelo cliente.

Fases do Open Banking no Brasil

O Banco Central definiu quatro fases para implementação do Open Banking no Brasil, iniciadas em 2021 e que devem seguir ao longo deste ano. No momento, estamos na quarta fase.

Fase 1 – Período de adesão compulsória das instituições financeiras e o compartilhamento de informações padronizadas de produtos e serviços bancários entre elas. Nesta fase, nenhum dado de cliente foi compartilhado.

Fase 2 – Nesta etapa, os dados do consumidor podem ser compartilhados, mediante seu consentimento. Informações como cadastros, transações em conta, cartões e operações de crédito com o banco de sua preferência. Este consentimento pode ser revogado a qualquer hora.

Fase 3 – Integrados serviços financeiros como PIX, pagamentos e encaminhamento de propostas de crédito, que poderão ser obtidos sem a necessidade de acessar os canais das instituições financeiras com as quais têm relacionamento.

Fase 4 – Ampliação de dados, dos produtos e serviços com operações de câmbio, de investimentos, de seguros, de previdência e de contas-salário compartilhadas, mediante autorização.

Open Finance: evolução do modelo

Para o especialista em fintechs e Nova Economia, Bruno Diniz, em conversa com a Franq, o Open Banking nasceu com a premissa de dar mais competitividade ao mercado bancário. Já o Open Finance, uma evolução do primeiro modelo, vai além, agregando uma série de outros segmentos que integram o sistema financeiro.

O Brasil é o país que está mais à frente nesse assunto. O Reino Unido está transformando o Open Banking em Open Finance, mas o Brasil já nasce Open Finance. É uma versão ampliada do primeiro modelo, que vai trazer melhorias em vários aspectos do mercado financeiro.

Desde 2019, a Franq Open Banking fundamenta seu modelo de negócio no ecossistema aberto, distribuindo produtos e serviços de grandes bancos e fintechs do mercado nacional, com atendimento personalizado dos Personal Bankers – bancários autônomos que usam nossa tecnologia para atuar com os parceiros que preferir.

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